História
A editora começou com a publicação Raio Vermelho (maio de 1950) num pequeno escritório no centro de São Paulo. Ao todo, tinha meia dúzia de funcionários. Civita chamou a empresa de Abril porque na Europa esse mês dá início à primavera. "A árvore é a representação da fertilidade, a própria imagem da vida. O verde é a cor da esperança e do otimismo". O Pato Donald foi um de seus marcos iniciais, o que o torna o título de HQs de mais longa publicação contínua no Brasil. Com o lançamento do n° 22, adotou-se o formatinho para o gibi, padrão que viria a se tornar um modelo para os gibis brasileiros nas décadas seguintes.
No fim da década de 1950, a Abril começou sua grande transformação. Nos anos seguintes, atrairia os profissionais mais talentosos do país e investiria em treinamento e tecnologia, inaugurando uma cultura jornalística brasileira em texto, fotografia, edição e produção.
Em 1960, num empreendimento inovador, Civita resolveu publicar obras de referência em fascículos. Foi um fenômeno editorial. O conhecimento antes restrito às bibliotecas e livrarias chegava às bancas. No ano seguinte, a editora lançou seu primeiro álbum de figurinhas, “Álbum Diversões Escolares” (encarte gratuito da revista “Diversões Escolares”). Ao mesmo tempo, o crescimento da família Disney e o lançamento de “Zé Carioca”, em 1961, estimularam os artistas da Abril a produzir HQs para atender à demanda. “Recreio”, lançada em 1969, levou mais adiante a proposta de educar divertindo com suas histórias e atividades. Circulou por 12 anos e em 2000 foi relançada com uma proposta editorial atualizada, tendo sido transferida, em 2015, para a Editora Caras, junto com outros nove títulos.
Mas nem tudo foram flores. A Abril também foi alvo de críticas, em especial por parte dos fãs de quadrinhos. Os desenhistas nacionais, por exemplo, reclamam que a Abril só quer lucro imediato, não investindo em autores nacionais e nem apostando em novos lançamentos.
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